Se tem uma coisa que a gravidez revela são surpresas, não é mesmo?! E entre elas, existem as desagradáveis, como a diabetes gestacional. A gestante sofre várias alterações hormonais ao longo dos nove meses de desenvolvimento do feto. O corpo passa a produzir uma maior quantidade de insulina, responsável por transportar a glicose dos alimentos até as células. Isso acontece com intensidade no último trimestre da gravidez, quando a mulher precisa ingerir uma quantidade maior de carboidrato para que a criança se desenvolva bem.
Acontece que outros hormônios liberados pela placenta atrapalham esse processo e obrigam o pâncreas, glândula que produz a insulina, a trabalhar dobrado para manter os níveis da substância em ordem. Muitas vezes, o esforço não é suficiente e sobra açúcar demais na corrente sanguínea: é o diabetes gestacional.
Quem deseja engravidar deve, portanto, verificar de início suas condições clínicas: está com excesso de peso? É sedentária? Tem histórico de diabetes na família? Lembrando que tais condições apenas reforçam a importância da realização frequente da dosagem de glicose no sangue, mas o exame deve ser feito por todas as gestantes.
Como o ganho de peso excessivo é um dos responsáveis pelo distúrbio, adotar uma dieta equilibrada e fazer exercício físico são estratégias recomendadas para manter os níveis da glicose sob controle. Isso, aliás, também vale para evitar o diabetes tipo 2.
Se diagnosticada com diabetes, a gestante receberá uma dieta especial e poderá, em casos mais graves, receber doses de insulina.
O tratamento
O diabetes gestacional exige um acompanhamento específico, com avaliações regulares da curva glicêmica. Para manter as taxas de açúcar em ordem, o médico recomenda atenção extra à dieta.
As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia e as pacientes precisam maneirar na gordura. Frutas, verduras, legumes e alimentos integrais devem ser presença constante no cardápio delas. Se não existir contra indicação do obstetra, exercícios físicos moderados são aliados para aliviar a encrenca.
De forma geral, o problema acaba logo após o parto. Porém, essa situação aumenta o risco de mulheres desenvolverem o diabetes tipo 2 com o tempo. Se você apresentou altas taxas de glicemia na gestação, fique atenta!